Decisão do Copom: como a alta da Selic afeta seu bolso e investimentos
- GB Investimentos
- 20 de mar.
- 2 min de leitura
Na última quarta-feira, 19 de março de 2025, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou uma nova elevação na taxa básica de juros (Selic).

O aumento de 1 ponto percentual levou a Selic a 14,25% ao ano, o maior patamar desde outubro de 2016. Essa decisão reforça a postura do Banco Central em conter as pressões inflacionárias em um cenário econômico que permanece desafiador.
Por que o Copom decidiu aumentar a Selic?
O Copom avalia diversos fatores para tomar decisões sobre a taxa básica de juros, e neste momento, três pontos principais influenciaram o aumento:
🌍 1. Incertezas no Cenário Global
O ambiente externo continua trazendo desafios significativos. As políticas econômicas dos Estados Unidos, em especial a condução de sua política monetária, geram reflexos importantes nas economias emergentes, como o Brasil. A combinação de taxas de juros elevadas nos EUA e tensões no comércio global aumenta a volatilidade dos mercados e exige uma postura mais cautelosa de países em desenvolvimento.
Além disso, a resiliência dos mercados de trabalho nas principais economias globais mantém as pressões inflacionárias elevadas, dificultando uma redução mais rápida das taxas de juros em diversos países.
🇧🇷 2. Inflação e Economia no Brasil
No cenário doméstico, a atividade econômica segue aquecida, mas a inflação continua em níveis elevados. As mais recentes divulgações de preços mostram que a inflação cheia e as medidas subjacentes (que excluem itens mais voláteis) permanecem acima da meta estabelecida.
As expectativas de inflação para os próximos anos também subiram. De acordo com o relatório Focus, as projeções para 2025 e 2026 estão em 5,7% e 4,5%, respectivamente, ambos acima do centro da meta de 3%.
⚠️ 3. Riscos para a Inflação no Futuro
Expectativas desancoradas: Se o mercado acreditar que a inflação continuará acima da meta por um período prolongado, isso pode dificultar a convergência dos preços ao patamar desejado.
Inflação de serviços persistente: Setores ligados ao consumo doméstico, como alimentação fora de casa e serviços pessoais, seguem com preços em alta devido à demanda aquecida.
Risco cambial: A possibilidade de uma desvalorização mais persistente do real frente ao dólar pode pressionar os preços de produtos importados e, consequentemente, a inflação local.
Quais são as perspectivas para os próximos meses?
O Copom sinalizou que, caso o cenário evolua conforme esperado, os próximos ajustes na taxa Selic poderão ser de menor magnitude. No entanto, a autoridade monetária reforçou que sua prioridade é garantir a convergência da inflação para a meta ao longo do tempo.
A continuidade da elevação dos juros pode ter efeitos importantes na economia. Por um lado, taxas mais altas ajudam a conter a inflação ao encarecer o crédito e reduzir o consumo. Por outro, também podem impactar o crescimento econômico, encarecendo investimentos produtivos e afetando o mercado de trabalho.
Ficou com dúvidas ou quer saber mais sobre como essa decisão impacta seus investimentos? Estamos à disposição para conversar e ajudar você a tomar as melhores decisões financeiras.

Marlon Alves
Head de Renda Fixa e Assessor de Investimentos GB
Certificado Ancord e CVM.
Comments